Por alguma razão
Algo queima dentro do meu peito
Por alguma razão
Vidas são ceifadas diariamente
Por alguma razão
O povo brasileiro vive num estado catatônico
Por alguma razão
Mais de 8.000 pessoas vão ao velório do Ex-Presidente em Brasilia
Por alguma razão
Essas mesmas pessoas não vão ao mesmo lugar para lutar por algo melhor
Por alguma razão
Dizem que o homem "evoluiu"
Por alguma razão
Me olho no espelho e vejo que isso é mentira.....
Arte do Insaciável
Siga meu olhar
entrara no profundo transe
quando menos esperar
absorvera o romance ?
serei o cortesão
amante insaciável,
sedento de tesão
totalmente manipulada,
se te pegar por trás
ira rejeitar ?
faça o que mandar,
faça o que disser ?
mordidas
beijos,
orgasmos
parecem nítidos em sua face
você nunca sentiu isso !
minhas mãos em seu corpo
toque suave, parece carinhos
tapas e pegadas no total instinto
não existe limites
satisfação certa
latejando,
promiscua,
noite acaba
sem respeito
nenhuma promessa
animal no cio
assim foi feito...
"Continuarás a retalhar, sem mais..."
Resposta ...
Você e tudo que procurei ?
vejo,
olho,
sinto
vejo,
olho,
sinto
Meu coração perdido
seu
no lugar,
seu
no lugar,
encontrou ?
Luz que me trouxe da escuridão
fascínio,
esperança,
uma chance !
fascínio,
esperança,
uma chance !
Dores e feridas que não cicatrizam
passado,
penso no futuro
presente !
penso no futuro
presente !
Você e única
linda,
teimosa,
doida
A espera de um carinho, um amor ?
atenção,
cabelos dourados
EU
linda,
teimosa,
doida
A espera de um carinho, um amor ?
atenção,
cabelos dourados
EU
Conquista, a mulher mais desejada
olhar
poemas
e ...?
olhar
poemas
e ...?
Obama e o carnaval
Barack Obama lamentou ter chegado ao Rio de Janeiro depois do carnaval. Não seja por isso. Não há nada mais carnavalesco do que a sua chegada.
No grande coquetel de espuma e purpurina de que é feita a diplomacia internacional, uma alegoria se destaca na visita do presidente americano: a discussão sobre uma vaga para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
É mesmo um tema crucial. Com essa vaga, os brasileiros finalmente mostrarão ao mundo quem são.
E quem são? São os bons e velhos pedintes, especialistas na arte de se candidatar a uma boquinha aqui e acolá. De preferência, aquelas que não exigem currículo do candidato.
Nos coloquemos no lugar dos atuais membros do Conselho de Segurança, diante da questão de abrir uma vaga para o Brasil. Quais são as credenciais do candidato a integrar o clube dos que arbitram os conflitos do mundo?
São credenciais fortes. De saída, o Brasil é o país que apóia o programa nuclear clandestino do Irã, e se tornou aliado político do tarado radioativo de lá. Como se sabe, a radioatividade está na moda. Ponto para nós.
Também é o Brasil aquele que, nos últimos anos, andou de mãos dadas para cima e para baixo com Muammar Kadafi – o nome que mais inspira segurança ao mundo no momento. Mais uma credencial eloqüente.
Foi o Brasil que se meteu em Honduras, fazendo da sua embaixada um spa para o presidente deposto e seus amigos tocarem violão e sonharem com Che Guevara, enquanto jogavam pedras nos passantes. Foi a intervenção diplomática mais inócua da história, mas fez a alegria do coronel Hugo Chávez, outro símbolo do pacifismo tarja preta.
É também o Brasil, e seu governo popular, o principal fiador latino-americano do regime de Fidel Castro.
Como se vê, Obama e o Conselho de Segurança da ONU têm todos os motivos para abrir uma vaga ao Brasil. A paz mundial não pode esperar mais um minuto por esse novo árbitro altamente qualificado.
E o Brasil? Por que quer tanto essa vaga? De onde vem tal convicção de que precisamos definitivamente figurar nesse fórum de potências militares, participando de suas decisões bissextas e eventualmente inúteis?
Não se sabe ao certo. Alguém deve ter soprado à diplomacia brasileira que o jetom é gordo.
Além do habitual chororô pró-forma sobre barreiras comerciais, e da inevitável macumba para turista, a recepção a Barack Obama serviu para se escrever mais um capítulo dessa novela surrealista do Conselho de Segurança.
O presidente americano nem precisou escutar o batuque para sair com a certeza: este é o país do carnaval
por : G.F
No grande coquetel de espuma e purpurina de que é feita a diplomacia internacional, uma alegoria se destaca na visita do presidente americano: a discussão sobre uma vaga para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
É mesmo um tema crucial. Com essa vaga, os brasileiros finalmente mostrarão ao mundo quem são.
E quem são? São os bons e velhos pedintes, especialistas na arte de se candidatar a uma boquinha aqui e acolá. De preferência, aquelas que não exigem currículo do candidato.
Nos coloquemos no lugar dos atuais membros do Conselho de Segurança, diante da questão de abrir uma vaga para o Brasil. Quais são as credenciais do candidato a integrar o clube dos que arbitram os conflitos do mundo?
São credenciais fortes. De saída, o Brasil é o país que apóia o programa nuclear clandestino do Irã, e se tornou aliado político do tarado radioativo de lá. Como se sabe, a radioatividade está na moda. Ponto para nós.
Também é o Brasil aquele que, nos últimos anos, andou de mãos dadas para cima e para baixo com Muammar Kadafi – o nome que mais inspira segurança ao mundo no momento. Mais uma credencial eloqüente.
Foi o Brasil que se meteu em Honduras, fazendo da sua embaixada um spa para o presidente deposto e seus amigos tocarem violão e sonharem com Che Guevara, enquanto jogavam pedras nos passantes. Foi a intervenção diplomática mais inócua da história, mas fez a alegria do coronel Hugo Chávez, outro símbolo do pacifismo tarja preta.
É também o Brasil, e seu governo popular, o principal fiador latino-americano do regime de Fidel Castro.
Como se vê, Obama e o Conselho de Segurança da ONU têm todos os motivos para abrir uma vaga ao Brasil. A paz mundial não pode esperar mais um minuto por esse novo árbitro altamente qualificado.
E o Brasil? Por que quer tanto essa vaga? De onde vem tal convicção de que precisamos definitivamente figurar nesse fórum de potências militares, participando de suas decisões bissextas e eventualmente inúteis?
Não se sabe ao certo. Alguém deve ter soprado à diplomacia brasileira que o jetom é gordo.
Além do habitual chororô pró-forma sobre barreiras comerciais, e da inevitável macumba para turista, a recepção a Barack Obama serviu para se escrever mais um capítulo dessa novela surrealista do Conselho de Segurança.
O presidente americano nem precisou escutar o batuque para sair com a certeza: este é o país do carnaval
por : G.F
Porque eu posso
Num domingo de verão, à tarde, no Anhagabaú, o vento sopra fresco, como se o tempo o houvesse economizado a semana inteira, não entregando às centenas de transeuntes que são obrigados a trafegarem por ali, guardando-o para nós, que estamos aqui por prazer, que trazemos nossos livros, nossas namoradas, nossos pensamentos para desfrutar desse cenário tão meticulosamente arquitetado. E foi em um destes domingos que vislumbrei, pela primeira vez, um sentimento que mesmo muitos anos depois, não viria a nomear ou distinguir.
A brisa soprava insistente, tentando virar as páginas do meu livro, o que fazia com que tivesse de segurá-lo com as duas mãos. À minha frente, um pouco distante, skatistas arriscavam suas manobras em degraus que serviam, em outros momentos, como bancos, guardas conversavam em um posto policial mais a frente e algumas crianças e cachorros corriam e saltavam em frente a seus donos e/ou pais. Reparei que, pela terceira vez em menos de cinco minutos, aquele homem passava a minha frente. Olhou para meus sapatos que estavam fora dos meus pés, minha mochila aberta a meu lado, o livro que eu tentava ler e depois me olhou. Notou que eu o encarava, mas não se deixou intimadar por isso, sentou-se a uns dez ou quinze metros de costas para mim, ficou ali por uns instantes e saiu. De rabo de olhou o acompanhei enquanto dava a volta na área onde eu estava, que era uma figura geométria indistinguivel limitada de todos os lados por uma cerquinha de uns trinta centrimetros de altura, haviam algumas palmeiras pequenas e alguns arbustos. Fechei o livro e o pus na mochila, fechando o ziper rapidamente. Ele aproximou-se e parou a meu lado. Fedia, estava sujo e trajava farrapos. Olhou em volta enquanto eu apertava a correia da mochila e media a distância entre minhas mãos e o par de tenis a minha frente. Ainda sentado, encarei-o irritado e ele esboçou um sorriso cínico no canto esquerdo dos lábios feridos. Mostrei o posto policial com os um gesto de olhos e reparei que seu sorriso cínico se espalhou por toda boca imunda. Aproximou-se um passo e resmungou:
- Está se borrando de medo, garoto. - sua voz parecia a minha, quando acordava de ressaca.
- Não tenho nada aqui, só livros e um caderno. - apesar de todo meu esforço para falar alto, a voz saiu baixa e tremula.
- Presta atenção! Se você não me entregar tudo agora, vou bater em você até você ficar mole. - ele estava sujo como um mendigo, se vestia como mendigo, fedia com mendigo, mas falava educadamente.
Os policiais nos olhavam, mas isso parecia não fazer diferença alguma para ele.
- Cara, a polícia está bem ali. Você não tem chance alguma. Me deixa em paz!
- Anda moleque. - deu um chute de leve nos meus pés e os policiais começaram a vir em nossa direção.
- Cara, porque você tá fazendo isso? - eu já estava realmente assustado e não conseguia me levantar.
- Porque eu posso. - disse isso enquanto pisava com força em minhas pernas - seu franzino metido a bosta do caralho.
Abaixou-se e desceu seu punho como um martelo, raspando minha testa e minha orelha direita até parar em meu ombro, o que me fez abaixar mais na grama e tentar, em vão, me virar para escapar. Um de seus pés continuavam prendendo minhas pernas e a dor me impedia de fugir. Mais socos vieram, descendo pesadíssimos, passando por entre meus braços, atingindo meu rosto, minha cabeça, meu peito. Achei que tinha soltado minhas pernas, pois agora além dos socos vinham chutes, por um instante pareceu-me que estava sendo espancado por três ou quatro homens. Senti o estalo de ossos em minhas costas, não havia mais oxigênio no ar. Nem sabia mais distinguir se estava com os olhos abertos ou fechados, clarões coloridos rasgavam o céu e o chão. Trovões ressovam dentro e fora de mim. Meus braços continuavam balançando em vão, os socos e chutes não cessavam, o tempo havia parado e as pancadas vinham de qualquer lado. Me parecia impossível que isto estivesse acontecendo, custava a encontrar um motivo para estar apanhando, nem sabia onde estava, nem quem era. Havia um terrível gosto salgado em minha boca e meu rosto estava completamente molhado, tinha também uma pedrinha que rebatia entre meus dentes. Queria perder os sentidos, desmaiar. Mas o tempo estava parado e tudo que existia eram socos e chutes e sangue e uma pedrinha em minha boca, não duas e dor, muita dor, que começava das minhas costelas para meu peito e ia se aninhar lá no fundo da minha alma. Em seguida fui jogado para frente e rolei na grama parando de bruços. Um instante depois vi que os policiais o haviam tirado de perto de mim, mas penavam para derrubá-lo, ele resistiu com alguns socos no ar, para depois ser acertado por um cacetete e derrubado de bruços na minha frente e com o rosto virado para mim. Me olhava e sorria, apanhando enquanto eu procurava meu dente quebrado, na pequena poça de sangue que eu havia cuspido a minha frente. Ouvia as pancadas abafadas que eram dadas em suas costas e não tinha forças para me erguer. Um cachorro veio me cheirar e seu dono veio em seguida para segurá-lo, desisti de me erguer e deixei meu corpo pesar sobre a grama. O outro continuava, apanhando, sorrindo e me encarando, ao que eu não conseguia desviar o olhar. Desejava estar em casa, desejava que tudo acabasse, perder os sentidos ou morrer, qualquer coisa que me livrasse daquele pesadelo. Mas a dor me mantinha acordado e aquele sorriso era como uma farpa na pele pequena demais para ser arrancada com a pinça, como um parafuso enferrujado e remoido que jamais vai ser removido.
Os policiais puseram o sujeito de pé e um deles veio em minha direção.
- Você está bem, rapaz? Já chamamos uma ambulância. O que esse cara queria? Por que não nos chamou logo?
Não sei. Eu não sei. - e as lágrimas vieram se juntar ao sangue em meu rosto.
by Raylson Bruno
by Raylson Bruno
Brincadeira de Amar
Você era meu primeiro pensamento
meu primeiro som ao dia
inspiração
sorrisos e fantasias
meu futuro
era seu
seus sonhos eram meus
te amar foi meu erro
me querer
foi seu desejo
tudo tinha uma razão
mas nada em você
tinha explicação
cego parecia
perceber que tudo era ironia
meu primeiro som ao dia
inspiração
sorrisos e fantasias
meu futuro
era seu
seus sonhos eram meus
te amar foi meu erro
me querer
foi seu desejo
tudo tinha uma razão
mas nada em você
tinha explicação
cego parecia
perceber que tudo era ironia
você dizia tudo foi destino
eu digo
pegue sua enorme paixão por mim
enfie no cu
eu digo
pegue sua enorme paixão por mim
enfie no cu
Segmentos Dispersos
Passos ao lado
calafrios
batimento acelerado
olhos assustados
escuridão no quarto
ventos, barulho alto
vozes ao fundo
movimentos calculados
espantado
sonhando acordado
ilusão ?
apenas com medo
ainda bem
amanheceu ...
calafrios
batimento acelerado
olhos assustados
escuridão no quarto
ventos, barulho alto
vozes ao fundo
movimentos calculados
espantado
sonhando acordado
ilusão ?
apenas com medo
ainda bem
amanheceu ...
"Continuarás a retalhar, sem mais ..."
Dedilhando Você
Sorte em te conhecer ?
talvez sim,
difícil te esquecer
vou escrever
fazer acontecer
sensação presente
sincera, transparente
arteira e danada
mulher
menina surpreendente
momentos sublimes,
inspiração renova,
coração que acalma
esperando um querer
já sei !
um dizer sim,
começa em você
termina em mim
talvez sim,
difícil te esquecer
vou escrever
fazer acontecer
sensação presente
sincera, transparente
arteira e danada
mulher
menina surpreendente
momentos sublimes,
inspiração renova,
coração que acalma
esperando um querer
já sei !
um dizer sim,
começa em você
termina em mim